No caso de um sistema monofásico, a compensação do factor de potência efectua-se com a montagem de um condensador em paralelo com a carga (e, portanto, com a fonte), tal como esquematizado na Figura 3
Figura 3 - Representação esquemática de um motor monofásico alimentado em corrente alternada, com condensador de compensação de factor de potência
O valor da capacidade deverá ser dimensionado para que o respectivo diagrama vectorial seja:
Figura 4 - Diagrama vectorial do esquema da Figura 3
A corrente do condensador deverá compensar totalmente a componente reactiva do motor. A corrente absorvida pelo motor, , não sofre qualquer alteração. As alterações residem na corrente fornecida pela fonte que, para além de ter diminuído a sua amplitude eficaz de para (reduzindo, assim, as perdas e as quedas de tensão nas linhas), também passou a estar em fase com a tensão na fonte (a fonte deixou de fornecer energia reactiva). A potência activa que a fonte fornece não sofreu qualquer alteração, porque a corrente da fonte é exactamente igual à componente activa da corrente antes da compensação.
Com a introdução do condensador, procedeu-se à compensação total do factor de potência ; do ponto de vista da fonte de energia, é como se o conjunto Motor+Condensador se comportasse como uma carga resistiva; é como se o condensador fornecesse toda a energia reactiva que o motor necessita absorver
Figura 5 - Representação esquemática das potências activa e reactiva antes e após a compensação
A potência reactiva absorvida pelo motor é:
Como a potência reactiva fornecida pelo condensador, , (ver Potências em Elementos Ideais e Elementos Ideais ) é:
a igualdade entre estas duas potência conduz a:
que deverá ser a capacidade do condensador para compensar totalmente o factor de potência.